quarta-feira, 30 de maio de 2007

O ego alimentado

Às vezes eu penso que não passam de coisas da minha cabeça... mas essas coisas que a gente acaba afirmando e reafirmando pra todo mundo, a todo momento, do tipo: olha como eu amo, olha como a gente é amigo, olha como a gente é feliz, às vezes cai no exagero e eu já desconfio. Sei lá, mas toda vez que sai dizendo que eu estava muito, mas muito feliz mesmo com um amigo, um emprego, ou alguma coisa, e fazia declarações incríveis e públicas, eu acaba me decepcionando, e tudo virava meleca. E foi assim com tudo. As coisas mais sólidas em minha vida tiveram pouca exposição. Tenho amigos lindos e incríveis que eu amo e é recíproco e nunca precisei fazer propagandas diárias. Tenho uma família que me apoia. E tenho um namorado lindo que odeia exposição, e eu teimosa acabo deixando alguma coisa passar por aqui. Confesso que de vez em quando quero declarações de amor enloquecidas e públicas. Mas isso é somente para alimentar o ego. Porque as melhores declarações de amor são aquelas que de tão singelas nos tocam profundamente. Acho que entendo a doida da Galisteu fazendo terapia na Caras. A gente precisa provar pra todo mundo que está bem, muito bem, bem demais e continuar alimentando o ego, que é um moço muito guloso. Mas voltando ao começo do post, quando falava que desconfiava de todo esse amor exposto, é porque mais uma vez vivenciei uma situação assim. Aquela festa toda escondia coisas tristes... E descobri que meu ego pode estar de dieta, mas minha alma está bem nutrida.

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