Ando pensando muito esses dias que estou em casa. Eu gosto de estar em casa, cuidar da casa, fazer comida, essas coisas. Gosto, de verdade. De lavar a cozinha em um dia de sol, do cheiro de sabão nas roupas, de receber elogios pela comida que eu faço. Mas não é somente com isso que sonho. Quero conhecer o Brasil, o mundo. Quero viver meu amor. Quero ser mulher, ir ao salão, cuidar do cabelo, das unhas, do corpo. Quero atingir meu equilíbrio emocional e espiritual. Quero ser mãe, daqui um tempo. E quero, assim como tanta gente, o meu sucesso profissional, minha maior preocupação atual.
Durante muito tempo aprendi que ser dona-de-casa era algo degradante. Não por culpa apenas de minha mãe. Acho que era um reflexo da sociedade. As mulheres estavam vivendo a adolescência: vamos ser rebeldes. E fugiram de tudo que se parecia com suas mães, tias e avós. Hoje, conquistado algum respeito, mulheres viraram homens em muitos aspectos. Não que uma mulher não possa ser caminhoneira ou um homem não possa ser professor infantil. Mas existem diferenças entre homens e mulheres - e ainda bem que isso existe! Pregar a igualdade de direitos não quer dizer que preciso sair por aí sendo loucamente promíscua. Significa que tenho o direito da escolha. A igualdade não significa sermos uma massa única, todos iguais, uma única forma de pensar.Brancos e negros são iguais (essa é uma outra questão delicada pra mim), somos todos seres humanos, mas temos cor-de-pele diferentes, e assim sendo, somos fisiologicamente diferentes. Negros tem facilidade para desenvolver sua musculatura, o que pode ser legal pro atletismo mas não é tão legal assim pra natação, por exemplo. Negros precisam de tipos de shampoo, maquiagem e cremes diferentes que os brancos ou orientais. E o que muda? Exatamente isso: somos iguais, mas somos diferentes. Esse é o incrível paradoxo. Respeitar as diferenças, assumir quem se é, o que se quer e viver.
Depois de tanto pensar percebi que se quero cuidar da minha casa, cuidarei. Sem culpas, fantasmas feministas ou me achando uma "mulherzinha fútil". Porque descobri que ser uma mulher de sucesso é viver quem se é.
segunda-feira, 30 de abril de 2007
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"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
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