Ando pensando muito esses dias que estou em casa. Eu gosto de estar em casa, cuidar da casa, fazer comida, essas coisas. Gosto, de verdade. De lavar a cozinha em um dia de sol, do cheiro de sabão nas roupas, de receber elogios pela comida que eu faço. Mas não é somente com isso que sonho. Quero conhecer o Brasil, o mundo. Quero viver meu amor. Quero ser mulher, ir ao salão, cuidar do cabelo, das unhas, do corpo. Quero atingir meu equilíbrio emocional e espiritual. Quero ser mãe, daqui um tempo. E quero, assim como tanta gente, o meu sucesso profissional, minha maior preocupação atual.
Durante muito tempo aprendi que ser dona-de-casa era algo degradante. Não por culpa apenas de minha mãe. Acho que era um reflexo da sociedade. As mulheres estavam vivendo a adolescência: vamos ser rebeldes. E fugiram de tudo que se parecia com suas mães, tias e avós. Hoje, conquistado algum respeito, mulheres viraram homens em muitos aspectos. Não que uma mulher não possa ser caminhoneira ou um homem não possa ser professor infantil. Mas existem diferenças entre homens e mulheres - e ainda bem que isso existe! Pregar a igualdade de direitos não quer dizer que preciso sair por aí sendo loucamente promíscua. Significa que tenho o direito da escolha. A igualdade não significa sermos uma massa única, todos iguais, uma única forma de pensar.Brancos e negros são iguais (essa é uma outra questão delicada pra mim), somos todos seres humanos, mas temos cor-de-pele diferentes, e assim sendo, somos fisiologicamente diferentes. Negros tem facilidade para desenvolver sua musculatura, o que pode ser legal pro atletismo mas não é tão legal assim pra natação, por exemplo. Negros precisam de tipos de shampoo, maquiagem e cremes diferentes que os brancos ou orientais. E o que muda? Exatamente isso: somos iguais, mas somos diferentes. Esse é o incrível paradoxo. Respeitar as diferenças, assumir quem se é, o que se quer e viver.
Depois de tanto pensar percebi que se quero cuidar da minha casa, cuidarei. Sem culpas, fantasmas feministas ou me achando uma "mulherzinha fútil". Porque descobri que ser uma mulher de sucesso é viver quem se é.
segunda-feira, 30 de abril de 2007
domingo, 29 de abril de 2007
Imagem do dia.

Doação de guitarra para o Fome Zero. E eu que pensava que isso nem já existia mais. Aqui, na Folha Online.
Imagem: Sérgio Lima/ Folha Online.
Imagem: Sérgio Lima/ Folha Online.
sábado, 28 de abril de 2007
sexta-feira, 27 de abril de 2007
O cachorro.
Ela era apenas uma vendedora num shopping. Já na meia-idade, divorciada, sem filhos. Um tanto amargurada, um tanto que se percebe só de olhar. Vida ingrata, casa vazia, companhias escassas.
Um dia, recebeu a proposta de sua vida. Trabalhar, viajar pelo Brasil, ganhar bem. E foi se aventurar. Mas no meio do caminho havia um cachorro. E tinha nome: Peppe. 14 anos, quase morrendo, mas era a sua única fonte de afeto incondicional e constante. Não podia se desfazer dele, devolver ao ex-marido, ex-companheiro, ex, ex. Como abandoná-lo, sendo que ele foi o único que permaneceu? Não deu. Fingiu que gostava mais da loja, simulou um ataque de loucura, e pediu pra voltar. Continuou vivendo sua chata vidinha cotidiana, mas com seu companheiro ao seu lado. E soube que havia tomado a atitude mais insensata, porém mais bela e verdadeira de sua vida.
Um dia, recebeu a proposta de sua vida. Trabalhar, viajar pelo Brasil, ganhar bem. E foi se aventurar. Mas no meio do caminho havia um cachorro. E tinha nome: Peppe. 14 anos, quase morrendo, mas era a sua única fonte de afeto incondicional e constante. Não podia se desfazer dele, devolver ao ex-marido, ex-companheiro, ex, ex. Como abandoná-lo, sendo que ele foi o único que permaneceu? Não deu. Fingiu que gostava mais da loja, simulou um ataque de loucura, e pediu pra voltar. Continuou vivendo sua chata vidinha cotidiana, mas com seu companheiro ao seu lado. E soube que havia tomado a atitude mais insensata, porém mais bela e verdadeira de sua vida.
A alma do outro

"A alma do outro é uma floresta escura", disse o poeta Rainer Maria Rilke, meu único autor de cabeceira.
A vida vai nos ensinando o quanto isso é verdade. Pais e filhos, irmãos, amigos e amantes podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir juntos e sofrer juntos, ter gostos parecidos ou complementares, ser interessantes uns para os outros, superar grandes conflitos – mas persiste o lado avesso, o atrás da máscara, que nunca se expõe nem se dissipa.
Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, mas por problemas de comunicação. Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?
Neste momento escrevo, como já disse, um livro sobre o silêncio. Começou como um ensaio na linha de O Rio do Meio e Perdas & Ganhos, mas acabou se tornando um romance, em pleno processo de elaboração. Isso me faz refletir mais agudamente sobre a questão da comunicação e sua por vezes dramática dificuldade, pois nos mal-entendidos reside muito sofrimento desnecessário.
Amor e amizade transitam entre esses dois "eus" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilhamento ou de vida em comum, vontade de fazer e ser um bem, e de obter do outro o que para a gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte. Pontes podem ser precárias, estradas têm buracos, caminhos escondem armadilhas inconscientes que preparamos para nossos próprios passos em direção do outro. O que está mergulhado no inconsciente é nosso maior tesouro e o mais insidioso perigo.
Pensar sobre a incomunicabilidade ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – e era o momento de calar.
Mas, como escrevi várias vezes, a gente não sabia. É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Ou: por que naquele momento você disse aquilo?
Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho. Difícil? Difícil sem dúvida, mas sem essa viagem emocional a existência é um deserto sem miragens.
No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida. Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.
Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem de ser acionada: prevalecem conflitos ásperos e a hostilidade, ou a ternura e aqueles conflitos que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas negativas ou mais gestos positivos? Mais alegria ou mais sofrimento? Mais esperança ou mais resignação?
Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.
Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão; em outras, estamos num oásis. Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento. Além do amor, naturalmente, mas esse às vezes é um luxo, como a alegria, que poucos se permitem.
Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro pode também ser a doce fonte da vida.
Fonte: Revista Veja desta semana
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Duplo sentido, verdades e ilusões.
Eu não havia percebido, mas o post sobre o triste fim das ilusões deixa uma dúvida no ar. E relendo até eu me vejo desiludida e deprimida. A nossa conversa sobre a perda da ilusão foi mais sobre um sentimento, dias que você acorda vendo tudo cinza, sabe? Existem dias azedos. Mas existem coisas que não mudam independente do azedume. São as verdades que vivemos. As verdades são as situações que mesmo que acabem - e nesse caso não se quer de forma alguma que acabe - deixarão um gosto de dever cumprido e não o amargo sabor da desilusão.
Acho que até me atrapalhei, mas precisava dizer que amo, e de verdade.
Acho que até me atrapalhei, mas precisava dizer que amo, e de verdade.
Bom dia.
Maturidade e cores neutras: a dupla imbatível.
Andei descobrindo muitas coisas sobre mim, mas duas (ou seria uma só??) "importantíssimas": só gosto de cores neutras, tanto no guarda-roupa, quanto no blog.
No guarda-roupa
Para mim, não existe nada mais cafona que estampa demais, cor e frufru demais, a não ser que esse seja seu estilo. Mas definitivamente não é o mais o meu. (Sim, confesso, já fui over.) O legal de cores neutras e poucas estampas é a versatilidade, nas combinações - algo muito útil pra mulheres nem tão abonadas. Capriche no acessório, ou na maquiagem, ou na sobreposição. E só. Criei um lema: use um (01, hum) acessório que fale pela roupa. E basta!
No blog
Muitas cores, enfeites, dolls, cursores de mouse sorridentes... use isso apenas se você tiver 15 anos! Apenas. Nada mais chato que publicar uma foto legal e ela interferir na harmonia do blog. A falta de estética gritando horrores, e coloco minha atenção em qualquer coisa, menos no texto. E afinal, pra que serve um blog... pra escrever, oras. Portanto holofotes no texto!
O fato mais interessante desse post está nas entrelinhas: sim, estou envelhecendo.
No guarda-roupa
Para mim, não existe nada mais cafona que estampa demais, cor e frufru demais, a não ser que esse seja seu estilo. Mas definitivamente não é o mais o meu. (Sim, confesso, já fui over.) O legal de cores neutras e poucas estampas é a versatilidade, nas combinações - algo muito útil pra mulheres nem tão abonadas. Capriche no acessório, ou na maquiagem, ou na sobreposição. E só. Criei um lema: use um (01, hum) acessório que fale pela roupa. E basta!
No blog
Muitas cores, enfeites, dolls, cursores de mouse sorridentes... use isso apenas se você tiver 15 anos! Apenas. Nada mais chato que publicar uma foto legal e ela interferir na harmonia do blog. A falta de estética gritando horrores, e coloco minha atenção em qualquer coisa, menos no texto. E afinal, pra que serve um blog... pra escrever, oras. Portanto holofotes no texto!
O fato mais interessante desse post está nas entrelinhas: sim, estou envelhecendo.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Ah, chorei.

When you're hurt you heal others.
When you're in need you give.
Because of you I am living the most that I can live.
Oh, sweet darling girl
I'm so glad you found me.
Oh, sweet darling girl
your power surrounds me.
Remember me, don't forget me,
I have something true.
My path is dark, my steps uncertain, unless I walk
with you.
Oh, sweet darling girl
I'm so glad you found me.
Oh, sweet darling girl
your power surrounds me.
Your power surrounds me
You speak to me without speaking.
You touch so I can feel.
With your strength I am stronger, at last I know I'm
real.
Oh, sweet darling girl
I'm so glad you found me.
Oh, sweet darling girl
your power surrounds me.
Your power Oh
Whoa sweet darling girl
I'm so glad that you found me.
I'm so glad that you found me, yeah you did
and your power surrounds me.
O triste fim da ilusão.
Tem uma coisa que acontece em minha vida que é bem assim: as coisas vão acontecendo, como que num louco acaso. Por exemplo: hoje estávamos ouvindo a música "Confesso" da Ana Carolina e conversamos sobre essa sensação amarga com a qual acordamos, e sem saber o por quê e nem quando aconterá. Aí, a tarde me deparo com essa frase no perfil da Ká no orkut:
"Quando na sessão de cinema aparece 'the end'-, todos sabem que é o fim do filme. Acabou-se o que era doce.Acabou o sonho, a fantasia, mas a gente sabe que pode voltar a sonhar numa outra sessão.E quando acaba a ilusão? O que aconteceu no meu coração? Ele fechou. As coisas mudaram. E a memória é um poço escuro e sem fundo."
(Ronald Claver, A Última Sessão de Cinema)
Achei tão pertinente que precisava postar. E Ká, saudades.
"Quando na sessão de cinema aparece 'the end'-, todos sabem que é o fim do filme. Acabou-se o que era doce.Acabou o sonho, a fantasia, mas a gente sabe que pode voltar a sonhar numa outra sessão.E quando acaba a ilusão? O que aconteceu no meu coração? Ele fechou. As coisas mudaram. E a memória é um poço escuro e sem fundo."
(Ronald Claver, A Última Sessão de Cinema)
Achei tão pertinente que precisava postar. E Ká, saudades.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
sábado, 21 de abril de 2007
Flutue também.

sexta-feira, 20 de abril de 2007
Vida Saudável.
Ando me esforçando para ter uma vida bem mais saudável. Praticar esportes, passar o filtro solar direitinho, comer bem, evitar tranqueiras, acordar mais cedo, aproveitar o dia... essas coisas. Mudar hábitos não é lá muito fácil - admito: é dificílimo-, mas que compensa, compensa. Por exemplo: já emagreci um pouquinho sem fazer nenhuma dieta (será que descobri a reeducação alimentar?). Acordo mais bem disposta. Percebo minha saúde melhor.
meu molho de tomate colorido
Como (re)descobri meu lado cozinheira, aí vai minha receita de hoje, feita por mim: Macarrão integral ao molho de tomate colorido.
Ingredientes:
1 pacote de macarrão integral
cebola - muita!
alho - adoro!
cheiro-verde - amo!
3 ou 4 tomates
brócolis
couve-flor
milho
sal - pouco, pouco, menos ainda.
Modo de Fazer:
Cozinhe o macarrão do jeitinho que está escrito no pacote. Em outra panela prepare o molho super especial. Refogue a cebola picada, o alho amassado, e depois coloque o tomate cortado em cubinhos - o certo seria colocá-lo também sem a pele, mas odeio tirar pele de tomate. Quando o molho estiver quase formado - o tomate solta água a beça - acrescente a couve-flor e o brócolis préviamente cozidos. Depois coloque meia lata de milho verde. Ferveu uns 5 minutos? Coloque todo o cheiro verde possível pra deixar o molho bem coloridinho. Ferva mais 1 minuto. Pronto. Agora é só comer.
Depois de um pratinho de comida integral você se sente saciado por muuuuito, mas muuuito, mas muuuito mais tempo que um pratão de comida "normal". Além do mais, a comida integral faz um bem danado pro corpo da gente! E Bom Apetite!
Ingredientes:
1 pacote de macarrão integral
cebola - muita!
alho - adoro!
cheiro-verde - amo!
3 ou 4 tomates
brócolis
couve-flor
milho
sal - pouco, pouco, menos ainda.
Modo de Fazer:
Cozinhe o macarrão do jeitinho que está escrito no pacote. Em outra panela prepare o molho super especial. Refogue a cebola picada, o alho amassado, e depois coloque o tomate cortado em cubinhos - o certo seria colocá-lo também sem a pele, mas odeio tirar pele de tomate. Quando o molho estiver quase formado - o tomate solta água a beça - acrescente a couve-flor e o brócolis préviamente cozidos. Depois coloque meia lata de milho verde. Ferveu uns 5 minutos? Coloque todo o cheiro verde possível pra deixar o molho bem coloridinho. Ferva mais 1 minuto. Pronto. Agora é só comer.
Depois de um pratinho de comida integral você se sente saciado por muuuuito, mas muuuito, mas muuuito mais tempo que um pratão de comida "normal". Além do mais, a comida integral faz um bem danado pro corpo da gente! E Bom Apetite!
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Meus sonhos.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Da série: Notícias Escabrosas - Parte I
Injeção de sangue vira mania no país e preocupa médicos
É de arrepiar ou não? O paciente tira sangue (blargh) da sua veia e aplica nos músculos. Cura de tudo: reumatismo, febre tifóide, bronquite, asma, acne, AIDS.
Veja aqui, na Folha de São Paulo, hoje.
É de arrepiar ou não? O paciente tira sangue (blargh) da sua veia e aplica nos músculos. Cura de tudo: reumatismo, febre tifóide, bronquite, asma, acne, AIDS.
Veja aqui, na Folha de São Paulo, hoje.
Sobre nossa Terra.

"Resta-nos o conselho que o médico deu a Manoel Bandeira, tuberculoso:
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito está infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino."
Dessa excelente matéria aqui ó.
Bom dia.
Limitei meu tempo na Internet. Uma bateria do meu notebook. Desligou, acabou. Depois, só mais tarde.
Me faz bem. É preciso ver o Sol, o dia, a rua, a vida.
Até logo.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Herança.
Momento feliz
Cidade limpíssima.
Semana passada fomos* serelepes para a Vila Madalena, procurar um brechó. Procuro, procuro, procuro e nada de achar o tal brechó. Onde se escondeu a placa que há tão pouco tempo estava ali? A conclusão imediata e desanimadora foi a mais simples: faliu, mudou, sumiu. E fomos embora! Tristonhos e cabisbaixos. Somos do ABC, não passou pela nossa cabeça interiorana que a placa sumiu por culpa do (pra mim eternamente vice) prefeito Kassab! Olha que solução simples para a poluição visual: ao invés de regulamentar e fiscalizar a publicidade, proíbe-se. Tudo é demonizado. Preguiça danada. Ao invés de fazer uma dieta balanceada, você para de comer? Aposto que não. Tira outdoor (que é uma mídia que eu adoro) tira letreiro de estabelecimento, tira emprego.
Pois é. Tudo pela cidade "limpa". Limpa? Poxa, mas ninguém contava com a greve dos lixeiros. Filtro solar pros moços, que ninguém merece um salarinho de nada, lidar com lixo o dia todo, ser discriminado e ainda ter que comprar filtro solar do próprio bolso? Na-na-ni-na-não. Garis, amarelinhos, e todos os outros que trabalham nas ruas: filtro solar como benefício!
Amanhã é dia de tentar visitar o brechó escondido. Dessa vez, as placas não nos enganam!
*eu e ele. (L)
Pois é. Tudo pela cidade "limpa". Limpa? Poxa, mas ninguém contava com a greve dos lixeiros. Filtro solar pros moços, que ninguém merece um salarinho de nada, lidar com lixo o dia todo, ser discriminado e ainda ter que comprar filtro solar do próprio bolso? Na-na-ni-na-não. Garis, amarelinhos, e todos os outros que trabalham nas ruas: filtro solar como benefício!
Amanhã é dia de tentar visitar o brechó escondido. Dessa vez, as placas não nos enganam!
*eu e ele. (L)
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Felicidade.
Seres humanos. De onde será que vem essa mania insistente de não dar valor à vida? Agindo como seres eternos, que se esquecem de como o presente é (redundantemente) um presente. Vivendo de planos ou de lembranças, esquecemos de fazer agora. Esse agora, fonte da felicidade, palavrinha tão banalizada. Tratada como alegria e contentamento imediato, tentamos conquistá-la com bebidas, drogas, orgias (eu não) ou qualquer outra coisa que nos engane. Pensamos que aproveitar o presente é fazer loucuras para extrair, como de uma laranja, todo o suco, até ficar só o bagaço. Felicidade é tão mais que momentos felizes. É a construção da vida, é a valorização de cada pedacinho nosso, é a aceitação até das falhas e frustrações como parte da viagem. Essa tal felicidade. Tão procurada. É indescritível se sentir feliz. É aproveitar o por-do-sol, a água gelada, o vento frio, o abraço apertado, a companhia gostosa, o ócio, a ocupação. É, andei percebendo que a felicidade é um estado de espírito. Não um troféu ou uma medalha. É a corrida toda.
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Projetos, projetos, projetos.
domingo, 8 de abril de 2007
Você sabia?
Que a baunilha é uma orquídea?
Vês como aquela baunilha
Do tronco rugoso e feio
Da palmeira - em doce enleio
Se prendeu!
Como as raízes meteu
Da úsnea no musgo raro,
Como as folhas - verde-claro -
Espalmou!
Como as bagas pendurou
Lá de cima! como enleva
O rio, o arvoredo, a relva
Nos odores,
Que inspiram falas de amores!
Dá-lhe o tronco - apoio, abrigo.
Dá-lhe ela - perfume amigo,
Graça e olor!
E no consórcio de amor
_Nesse divino existir_
Que os prende, vai-lhes a vida
De uma só seiva nutrida,
Cada vez mais a subir!
Se o verme a raiz lhe ataca,
Se o raio o cimo lhe ofende,
Cai a palmeira, e contudo
Inda a baunilha recende!
Um dia só! _ que mais tarde,
Exausta a fonte do amor,
Também a baunilha perde
Vida, graça, encanto, olor!
Eu sou da palmeira o tronco,
Tu, a baunilha serás!
Se sofro, sofres comigo;
Se morro - virás atrás!
Ai! que por isso, querida,
Tenho aprendido a sofrer!
Porque sei que a minha vida
É também o teu viver.
(Gonçalves Dias)
Vês como aquela baunilha
Do tronco rugoso e feio
Da palmeira - em doce enleio
Se prendeu!
Como as raízes meteu
Da úsnea no musgo raro,
Como as folhas - verde-claro -
Espalmou!
Como as bagas pendurou
Lá de cima! como enleva
O rio, o arvoredo, a relva
Nos odores,
Que inspiram falas de amores!
Dá-lhe o tronco - apoio, abrigo.
Dá-lhe ela - perfume amigo,
Graça e olor!
E no consórcio de amor
_Nesse divino existir_
Que os prende, vai-lhes a vida
De uma só seiva nutrida,
Cada vez mais a subir!
Se o verme a raiz lhe ataca,
Se o raio o cimo lhe ofende,
Cai a palmeira, e contudo
Inda a baunilha recende!
Um dia só! _ que mais tarde,
Exausta a fonte do amor,
Também a baunilha perde
Vida, graça, encanto, olor!
Eu sou da palmeira o tronco,
Tu, a baunilha serás!
Se sofro, sofres comigo;
Se morro - virás atrás!
Ai! que por isso, querida,
Tenho aprendido a sofrer!
Porque sei que a minha vida
É também o teu viver.
Coelhinho da Páscoa o que trazes pra mim...
Nadinha. Já passei da idade de ganhar aquele monte de chocolate na Páscoa. E sinceramente, já passei do peso. Mas em compensação, eu ganhei um dia lindo, companhia maravilhosa, e um monte de beijinhos sabor baunilha.
sábado, 7 de abril de 2007
Se eu quiser falar com Deus...
Lembrando da música do Ministro, eu penso: o que é preciso para falar com Deus? Para um grupo de Alto Paraíso, GO, onde seitas religiosas brotam da terra, é preciso ir para uma rave. Pois é minha gente. Conheçam a Igreja do Trance Divino e tirem suas próprias conclusões! Aqui ó.

Um dos pastores-DJs, tocando pra "Ju Ju", apelidinho de Jesus.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
As Horas

Não, não é do filme que quero falar. Mas das horas do dia mesmo. Sei que é fisicamente impossível que as horas estejam passando mais rápido. Mas que elas estão, estão.
A impressão que eu tenho é que mesmo quando ela passa devagar ela passa rápido demais.
Com essa velocidade daqui a pouco tenho 60 anos e não fiz nem metade do que eu desejava.
Eu que não sou malvada.
Se existe um site de humor que odeio, mas odeio mesmo é o Malvados. Nem preciso dizer que o humor é sarcástico e inteligente. Eu odeio produndamente o seu criador André Dahmer, porque ele tem umas tiradas tão inteligentes que me dá inveja.



Outra iniciativa louvável de Dahmer, e um time de colaboradores é o site RioBodyCount que faz a contagem de mortos e feridos na guerra civil disfarçada desde 1 de fevereiro de 2007. O número alarmante é de 588 mortos até agora. Acho que a idéia é baseada num site semelhante que faz a contagem da guerra do Iraque.
Não preciso nem dizer que sou fã desse cara.
terça-feira, 3 de abril de 2007
Receita do Dia
Prática, baratinha e fez um sucesso danado. É o Bolo de Cebola, retirado do site Rainhas do Lar. Refogue 3 tomates e 3 cebolas, picadinhos. Acrescente salsinha, cebolinha, alho, um pouquinho de sal, os temperos que você mais gosta. Feito o refogado, reserve. No liquidificador bata 3 ovos, 1/2 xícara de farinha de trigo, 1/2 xícara de amido de milho e 1 colher (sopa) de fermento. Acrescente a massa ao refogado, misture e coloque em uma forma, daquelas de buraco, untada e farinhada, e assar por 20 minutos, aproximadamente. O ponto certo é quando o bolo estiver douradinho.
Observações importantíssimas: na receita original, o tomate é sem pele e sem semente, mas eu simplesemente ODEIO tirar a pele do pobre tomate. Outra coisa: a receita não leva leite mesmo.
E tenham um Bom Apetite.
Dois Casos.
Caso 1 - O Rabino.
Andei refletindo sobre a situação de Henry Sobel. Quando os médicos disseram que ele tinha transtornos de humor, algum distúrbio emocional, pensei que fosse tudo balela, queriam na verdade era amenizar o ocorrido. Mas aí me dei conta de que qualquer pessoa com a biografia tão bonita não se arriscaria a estragá-la por 4 gravatas, independente de qual o valor das peças. Ainda mais sendo um rabino e não uma estrela de Hollywood, onde excentricidade e escândalo até tem alguma lógica.
No exato momento que me dei conta disso fiquei comovida com o drama que ele deve estar vivendo. E desejei, de verdade, nunca ter me divertido tanto com as situações sofríveis que algumas pessoas se encontram.
Caso 2 - A filha da apresentadora.
Ela é apenas um retrato de tantas e tantas pessoas que complementam o orçamento doméstico com um bico. É. Já virou rotina encontrar gente trabalhadora, com jeito de gente "normal" que se vira como traficante nas horas vagas. Mas como traficante de elite, claro. São jovens de classe média, média alta, alta. Que gastam demais em baladas e precisam arrumar alguma forma de bancar os luxos. Como tanta gente que conheço eles não são perigosos, no sentido bandido-que-atira-e-mata, mas são perigosos quando fornecem e oferecem drogas a menores de idade, a adolescentes que nem sabem direito o que são. Eles estão do outro lado da lei. E não importa se ele é filho de algum famoso. É traficante, oras.
Andei refletindo sobre a situação de Henry Sobel. Quando os médicos disseram que ele tinha transtornos de humor, algum distúrbio emocional, pensei que fosse tudo balela, queriam na verdade era amenizar o ocorrido. Mas aí me dei conta de que qualquer pessoa com a biografia tão bonita não se arriscaria a estragá-la por 4 gravatas, independente de qual o valor das peças. Ainda mais sendo um rabino e não uma estrela de Hollywood, onde excentricidade e escândalo até tem alguma lógica.
No exato momento que me dei conta disso fiquei comovida com o drama que ele deve estar vivendo. E desejei, de verdade, nunca ter me divertido tanto com as situações sofríveis que algumas pessoas se encontram.
Caso 2 - A filha da apresentadora.
Ela é apenas um retrato de tantas e tantas pessoas que complementam o orçamento doméstico com um bico. É. Já virou rotina encontrar gente trabalhadora, com jeito de gente "normal" que se vira como traficante nas horas vagas. Mas como traficante de elite, claro. São jovens de classe média, média alta, alta. Que gastam demais em baladas e precisam arrumar alguma forma de bancar os luxos. Como tanta gente que conheço eles não são perigosos, no sentido bandido-que-atira-e-mata, mas são perigosos quando fornecem e oferecem drogas a menores de idade, a adolescentes que nem sabem direito o que são. Eles estão do outro lado da lei. E não importa se ele é filho de algum famoso. É traficante, oras.
segunda-feira, 2 de abril de 2007
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