quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Respeito a privacidade

Em tempos de Orkut, câmeras de segurança e terrorismo, a privacidade virou artigo de luxo. Acabei notando o quanto a privacidade de alguém pode ser invadida sem que nem se dê conta, e um segredo que parece bobo pode ser violado a troco de algumas risadas. Hoje me deparei com uma situação adversa - e constrangedora - dessas, e antes de botar a boca no mundo e fazer graça me senti com vontade de fazer segredo. Porque era algo que pertencia a intimidade de outro, não ao meui repertório de piadas. Ninguém me contou, eu vi. Mas fiz de conta que não. Não gostaria de ser exposta dessa forma. Coisas minhas são minhas. Se elas caíssem em mãos alheias por acaso, eu não gostaria que fossem usadas como piada. Parei, pensei e agi - ou melhor, não agi. Mantive um segredo guardado, minha consciência limpa e fiz meu dia bem mais feliz.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

O irmão mais velho

Só um irmão mais velho sabe o que é ser um irmão mais velho. Apesar de redundante e óbvia, essa frase significa muito pra mim. Porque sou a irmã mais velha.
Ser o irmão mais velho quer dizer que você perdeu o título de filho único. É quando alguém mais fofo, mais novo e mais cheio de manhas que você o destrona. Adeus regalias, adeus atenção. É tudo para o novo rei da casa: o bebê. É um ciúme tão absurdo, que dói. Dói tanto que te obriga a tomar atitudes drásticas. Como contar a ele que foi achado em uma lata de lixo - penso agora que todo irmão mais novo é adotado! Ou culpá-lo pelo desastre com o vaso da mãe.
Mas como tudo muda com o tempo, aquele ciúme todo vai dando espaço ao mais meloso e bonito dos sentimentos, o tal do amor. E apesar de você não dar o braço a torcer, de você ainda ter vontade de esmagar, enforcar e espancar aquele ser, você já sente vontade de protegê-lo. (Claro, o único que pode perseguir o irmão mais novo é o irmão mais velho.)
Da "olhadinha no seu irmão" constante até a cumplicidade da adolescência, todas as peripécias que se passa juntos, todas as muitas brigas, todas as piadas e provocações. Talvez seja o irmão mais novo a pessoa que mais tempo passará ao seu lado por toda a vida. Talvez ele nem siga os seus passos, ou nem perceba o quanto é amado. Talvez vocês briguem, talvez vocês nem se falem. Mas mesmo assim não há maior ambigüidade do que ser irmão mais velho. É amar e odiar. É ter uma dor imensa e um orgulho desmedido quando você vê que aquele pequeno ser bochechudo se tornou um brilhante adulto e que mesmo querendo, ele nunca mais ficará debaixo de suas asas.


Eu e o bochechudo, 1989.


Eu indico
Comunidade do Irmão Mais Velho

terça-feira, 7 de novembro de 2006

As verdades da vida


Não é que sejamos frias, malucas, ou mal-amadas. Mas é que aprendemos a ficar cruéis e realistas com o tempo. E soltamos frases do tipo "por mim a cabeça dele descolava do corpo".

sábado, 28 de outubro de 2006

Odeio casais felizes

Óbvio que esse é um post de despeito. Claro que estou me sentindo péssima, porque afinal admitir inveja é reconhecer a derrota. Mas o que mais posso sentir quando estou trabalhando sábado a noite em um shopping, onde só há casais felizes? Se pelo menos os casais felizes estivessem afim de comprar, não teria tempo de pensar na minha solidão. Também fico possessa quando vejo casais que nitidamente não combinam. "Como aquela feia, brega e antipática está com aquele cara liiiindo?" Logicamente eu não sou sempre assim, depois de sentir pena de mim mesma, brigar com o meu cupido que é burro, e esbravejar percebo que há algo de errado comigo. Maldita TPN. Malditos hormônios. Pelo menos me sinto reconfortada sabendo que depois de uns dias isso passa. Mas por enquanto, continuo entoando o mantra:
"Odeio casais felizes".
"Odeio casais felizes".
"Odeio casais felizes".

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Ahn?

Kirsten Dunst como Claire Colburn

Por que será que me identifico tanto com as heroínas semi-fúteis porém quase-cultas dos livros e filmes? Será que a vida de quem nunca ouviu falar em Madame Bovary e Woody Allen e curte um pagodão e lê a Tititi é bem mais legal e bem sucedida e divertida que a minha? Sei não, mas talvez ter ambições modestas nos faça mais felizes e realizados afinal.

Lista das 5 personagens do cinema que mais se parecem comigo, em ordem de semelhança. (Estou lendo Alta Fidelidade - Nick Hornby, Editora Rocco -, portanto a lista se torna muito pertinente.)

1- Claire Colburn (Tudo Acontece em Elizabethtown)
2- Clementine Kruczynski (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças)
3- Bridget Jones (O Diário de Bridget Jones)
4- Mirabelle Buttersfield (Garota da Vitrine)
5- Charlotte (Encontros e Desencontros)

E juro que eu adoraria uma lista mais original, mas pelo menos consegui escapar da Amelie. Já é um bom começo.

O amor em tempos de Internet - Parte1

A era da Internet trouxe uma nova perspectiva sobre a nossa forma de encarar os namoros, rolos e afins. Das muitas ferramentas existentes, vou me aprofundar em apenas uma nesse post. O MSN.
Dia desses, um amigo de um amigo, lá pela décima cerveja me disse, com ares de profeta: a monogamia acabou. Sob meu olhar de indagação, ele caridosamente me explicou que depois que inventaram o MSN a chance de alguém ser fiel é quase nula. Fato. Mas observem aquele quase. Eu sou a exceção, porque eu sou fiel, mesmo adorando uma conversinha pelo MSN. (Pelo menos quando num passado longínquo eu costumava ter um namorado eu também costumava ser fiel.) A arma letal de conversa instantânea é um elemento chave nas relações atuais. Sabe-se lá o porque, mas creio que seja por tornar possível ter uma conversa de mesa de bar com alguém ser ter ido ao boteco de fato e ainda elaborar suas perguntas e respostas de forma tão interessante e usar o dicionário ou o Google para esclarecer sua possível falta de cultura, o que deixará seu alvo muito interessado. Ou pelo fato de você ser inibido pessoalmente e então o MSN te ajuda como uma dose de vodca ajudaria, sem o tormento da ressaca e dos atos impensados. Ainda fico com a primeira opção, porque acredito que seres humanos são manipuladores por natureza.
Além de toda a manipulação, o MSN passa a ser vantajoso porque não é necessário gastar com a conta telefônica, perguntar se é uma hora inoportuna - porque se fosse a pessoa simplesmente colocaria um status ocupado ou ausente ou nem ficava online -, ou se não quiser falar com você pode simplesmente te bloquear ou alegar que caiu - o MSN não é muito confiável, sabe? Mas é muito mais eficaz do que sair por aí trocando telefones, porque que apesar do identificador de chamadas, a prática ainda não é 100% segura contra mães que atendem e sempre dizem que a gente está sim.
Outra grande vantagem: existe uma forma de filtrar pessoas, pelo apelido que ela usa, as músicas que ela escuta (que ficam estrategicamente expostas ao lado do seu apelido), as fotos que ela mostra, e por fim se utiliza a ortografia corretamente.
Portanto aí está o programa que mudou pra sempre a lógica dos relacionamentos atuais. E esse é só o começo.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

A Lua me disse...

Ontem me peguei assistindo uma entrevista da Luana Piovani, e ao contrário do que aconteceria em tempos normais, não fiquei criticando e esbravejando contra a moça, sempre altiva. Parei pra pensar. Ela mudou? Acho que não. Quem mudou fui eu.
Há uns 2 anos, eu fui assistente de edição de um programa de TV sobre ela, o Gente Pop da GNT. Fiquei tão irritada. Aquele poço de segurança incomodava, cutucava, quase desafiava. Ontem comecei a notar o quanto ela é uma mulher incrível, poderosa e interessante que assume totalmente ser quem é, mesmo que seja fútil, arrogante, e qualquer outra coisa ruim. Ela se aceita. Acabou o namoro? Ela sofre e ponto, dá a volta por cima e busca a felicidade. Ela não liga muito pro que dizem, ela simplesmente é. Atitude que a gente condena, porque perturba nossa pacata vidinha o fato de não ser independente da aprovação alheia. Ser autêntico é qualidade pra poucos corajosos. E como eu mesma disse pra um amigo um dia desses, não há coragem sem medo. Descobri afinal, vendo a Luana, que prefiro ser chata com os outros e legal comigo, do que depender o resto da vida da opinião de terceiros.

"Sou chata, mas sou gostosa" (Luana Piovani)

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Sobre bolos, chocolate e nozes

É simples. É um fato da vida. A gente nunca tem tudo o que a gente quer da forma que a gente quer na hora que a gente quer. Mesmo se for loira, magra, linda, rica, famosa e inteligente você não terá tudo. Temos que aceitar a realidade de que se a vida fosse uma confeitaria, o bolo de chocolate com nozes nunca estaria lá. Impossível, intocável.
Isso não quer dizer que você tenha que ficar sem bolos. Mas você tem a escolha imediata entre o de amora, o de chocolate branco, e o de morango. Nesse momento não há o que fazer, chorar, berrar, xingar. Escândalos só atrapalham o confeiteiro.
Mas também não significa que o bolo de chocolate com nozes nunca será servido para você. Mas talvez você precise dar tempo pro confeiteiro acabar sua obra prima...
Porque na verdade é preciso quebrar os ovos, por fermento e esperar assar.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Kate Moss e Pete Doherty vão se casar em ilha espanhola

Tsc tsc tsc. Notícia nova, com gosto de requentada. Ah, esses casais que não tomam jeito...

Meu amor platônico

Joseph, como William.

De amores platônicos ninguém está imune. Sempre há aquele cara - ou mulher - fascinante, que passa e nem te percebe, como se tivesse uma aura o protegendo de nós, os reles mortais. Conversando com uma amiga dias desses percebi que existe uma outra categoria de amor platônico, aquela que a gente nutre por artistas. Não do tipo Menudo, New Kids on the Block, Backstreet Boys e RBD. Mas do tipo intelectual.
Antes de minha fase adolescente brega, pude sentir um profundo amor pelo Johnny Depp. O cara é interessante, excêntrico e ótimo ator, além de lindo, charmoso e sexy. Eu o admirava - e admiro mais ainda agora - não apenas como um rostinho bonito, mas como conjunto da obra. Mas ainda não tinha sentido a profunda ligação que agora sinto com um cara que nem mais vivo está.
James Dean? Elvis Presley? John Lenon? Kurt Cobain? Jim Morrison?
Na-na-ni-na-não. Seu nome é Shakespeare, William Shakespeare. Oriundo do longínquo século XVI, me apaixonei por ele assim que li Hamlet, no começo do ano. Todo o sarcasmo, a inteligência, a sagacidade. Tudo. Ou quase tudo. Porque aqui cabe uma confissão: o mais triste fator para essa fantasia absurda persistir se chama Joseph Fiennes. Para quem não se lembra, ele interpretou o dramaturgo inglês em 1998, no premiado e criticado Shakespeare in Love. E mesmo que eu saiba que a verdade não foi bem assim, eu já gravei essa imagem no meu inconsciente. Certamente ele não foi o rapaz romântico do filme hollywoodiano, mas eu finjo que foi. E assim, toda vez que leio Shakespeare, penso no Joseph. Claro que eu tenho noção de que aquele cara já está morto há séculos e nem foi tão belo. Eu tenho, mas nem me importo. Porque na realidade eu sei que o que eu mais gosto nele é a capacidade de sempre me surpreender, e me transmitir tanta vida, mesmo após tanto tempo.


William original.

Porque na verdade a gente nunca pode ter o bolo de chocolate com nozes. Mas isso é assunto para o post de amanhã.

domingo, 8 de outubro de 2006

A hostilidade carnívora

Essa é a segunda vez em meus 23 anos que sou vegetariana. E dessa vez acredito que seja para sempre. Na minha primeira tentativa assumi a postura que faz o ato de não comer carne parecer uma proibição. Dessa vez assumi como escolha. Escolhi não comer mais animais. Ainda não sei se algum dia conseguirei não utilizar mais produtos de origem animal - ovos e laticínios - o que acho bem lógico. Mas ainda não estou preparada para a vida vegan. Quase ninguém está. Mas ser ovolactovegetariana já me faz ser mais coerente com minhas convicções. Sim, aquela baboseira de "animais são amigos, não comida" não é baboseira para mim. E nem pra muita gente.
Mas por que será que os vegetarianos são tão hostilizados pelos carnívoros? Será que ser grosseiro e sarcástico com quem escolhe não comer carne não será uma forma de acalmar sua consciência por contribuir com a matança animal? Animais esses que já nascem para morrer em um abatedouro. Não saio por aí atormentando todo mundo que tem um pedaço de carne no prato dizendo o que fazer. Mas pessoas que descobrem que não como carne me aborrecem com indagações ou provocações estúpidas. Elegi as top:

1 - Mas você só come mato? (Claro que chocolate, sorvete, pão, macarrão também são vegetais!)
2 - Olha que picanha gostosa. Adoro animais mortos. (Precisa disso? Eu não fico apontando para o seu prato e dizendo: Você está comendo defuntos! Mas devia.)
3 - Você quer esse de frango? (Eu disse que sou vegetariana!!!)
4 - Mas por que você não come frango ou peixe para evitar anemia? É carne branca. (Eu já disse que sou vegetariana!!!)

E viva a soja!

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

As cores das unhas


É incrível como uma unha bem feitinha muda totalmente a atitude de uma mulher. Não falo apenas de unhas pintadas, mas unhas bem lixadas, cutícula bem tirada - e Deus nos perdoe porque essa prática não é nada saudável. Mulheres com unhas bonitas utilizam as mãos de forma mais exuberante. Observem. Aquelas que sempre vão à manicure têm um gestual diferente. É mais feminino.
Além do fato das unhas estarem bem feitas, há também o fator decisivo da cor. Tenho que avisar para as desavisadas que só existem 3 grupos de cor socialmente aceitas sem que você se passe por brega. O primeiro é o dos rendados. Branquinhos, clarinhos, unhas francesinhas, tudo bem delicadinho para pessoas básicas e delicadas. O segundo é o do vermelhão. Vermelho boca, vermelho paixão. É muito utilizado por adolescentes "rockeirinhas", por aquelas que se auto denominam pin-ups-, e gente moderna em geral. E chegamos então ao terceiro, aquele dos tradicionais e sempre em alta café e vinho. Essas são as cores das mulheres ousadas, mas ao mesmo tempo clássicas. E tudo deve ser cremoso. Abandone os cintilantes. Não coloque adesivos. Não faça desenhos. E acho que isso já diz tudo.
Mas atenção, é importantíssimo que suas unhas não sejam compridas demais, ou você ficará parecendo uma mulher da vida qualquer. E unhas quadradas são mais legais.
Eu sei que isso parece matéria de revistas de beleza dos anos 50. Mas defendo a tese que pintar as unhas e passar maquiagem é um grande privilégio cultural que as mulheres tem sobre os homens, ao invés da obrigação de parecer bonita. Mulher que é mulher adora se embonecar. E quem disse que eu sou feminista? Gosto mais é de ser feminina.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Crônicas da vida e da morte.

Eu não me acho preparada para a morte. Perceber a morte tão perto da gente é algo que dói, assusta e nos faz pensar um pouco nessa que é a nossa única certeza.
Hoje tive motivos para sentir esse angústia inexplicável. Ele não era meu amigo. Era um grande amigo de meu primo. Grande mesmo, tinha uns 2 metros, desengonçado. Convivi com ele desde a minha infância, quando ele já era adolescente, estranho, politizado, e um tanto louco e fora de controle. Ele podia ter o sorriso mais doce, ser o cara mais bem articulado, mas também podia ser um grande tormento quando estava bêbado. Ah, drogas e bebidas que tanto destróem. Mas talvez o descaso da família tenha sido seu maior problema. Não o transformando em um mártir da família desestruturada, mas insistindo no fato que a família é a raiz de indíviduos equilibrados. Ele tinha a inteligência e o carisma necessários para chegar longe, muito longe. Mas não conseguiu ir além dos 28. Muito jovem. E não fez quase nada da sua vida. Infelizmente, vá em paz.

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Quer apreciar rapazes elegantes?

Pois veio ao lugar certo!
Na lista dos garbosos da Copa 2006, eu lhes mostro um holandês de 23 aninhos, estrela da sua seleção. Hoje a Holanda garantiu com uma vitória suada e sofrida sobre a resistente Costa do Marfim, a sua vaga para as oitavas de final. O que significa isso? Pelo menos mais 2 jogos com esse rapazote:

Este é o gatíssimo Rafael Van der Vaart. A homenagem devia ser aos nossos hermanos argentinos que golearam a Sérvia e Montenegro, mas cadê um representante portenho decente, hein?

Abra a caixa de Pandora!

Pandora recebeu uma caixa de Zeus. Caixa que não deveria abrir. Mas alguém levante a mão se conhece alguma mulher sem curiosidade alguma. Pois Pandora, era mulher e abriu a caixa. As desgraças, desastres, maldades escaparam todas. Pandora fechou a caixa e conseguiu conter apenas a esperança.
Mas não é exatamente a caixa dessa Pandora que eu sugiro que você abra. A esperança aqui se chama música boa. E onde encontrar música boa? Na caixa de Pandora, o site.
Pandora é uma rádio virtual que decifrou o "genoma" musical. Isso mesmo. Cientistas, especialistas, geneticistas estão se perguntando: como? Calma, eu explico. As músicas tem certas características comuns, como batidas bem ráidas, melodias semelhantes, essas coisas que alguns músicos e especialistas ficaram classificando e para leigos como eu parece bem estranho. Mas deixando a parte técnica de lado, fico aqui com a parte que podemos nos beneficiar. Como? Visite o site, crie uma rádio, com um artista ou uma música, e você ouvirá gratuitamente músicas do seu artista e outras similares. E assim você conhece bandas legais que você nem imaginou que poderiam existir que tocam um sm do jeitinho que você curte. Se fossemos americanos, poderiamos comprar as músicas ou os CD's das bandas quando nos interessássemos por elas. O site bacana tem um menu que nos leva direto às lojas virtuais. Também podemos classificar as músicas, palpitar se gostamos ou não das sugestões. Ou seja. Apesar das rádios nas FM's estarem em situação crítica e não nos oferecerem muitas opções, a Internet continua sendo a esperança para nossos anseios. A única coisa triste é o site ser gringo e oferecer poucos artistas brasileiros em seu acervo.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

De repente... é amor!

Apesar do título do post não há nenhum indício de paixão em minha pessoa. Simplesmente se trata do filme homônimo.
Sempre fui fã confessa e quase incondicional de comédias românticas. Mas tenho que fazer um esclarecimento muito importante. Comédias românticas significam, para mim, estórias de romance, como poderíamos supor, com toques de humor, piadas de classe e inteligentes. Estórias leves e bem contadas. E excluo dessa categoria os besteiróis adolescentes com alguns beijos e amassos.
Depois de esclarecer esse ponto de vista, volto ao filme. Lançado em 2005, e assistindo novamente por mim ontem, percebi que na categoria de comédias românticas, "De Repente é Amor" está no topo da minha lista.
O filme, como toda comédia romântica, tem final feliz. Mas os acontecimentos entre o início conturbado e o tão esperado final feliz é o segredo que torna os 107 minutos de filme tão irresistíveis e deliciosos. A química entre Ashton Kutcher e Amanda Peet é incrível, a trilha sonora dá o tom certo, as piadas são na medida.
Kutcher, na vida real o marido de Demi Moore (que passa muito bem), é sem dúvida, um cara lindo. Mas na primeira parte do filme ele convence muito bem como o nerd desengonçado Oliver. Em uma viagem de avião entre Los Angeles e Nova York, ele conhece a rebelde Emily, interpretada por Amanda. E então começa a saga. Apesar do evidente envolvimento romântico, eles deixaramm tudo ficar como estava, como bons amigos. A leveza da relação é sincera. Amigos se divertem mais uns com os outros do que namorados. Amigos não ficam tentando impressionar a cada 5 segundos. Amigos se mostram imperfeitos, tiram as máscaras. E por isso fica tão claro que os dois foram feitos um para o outro. Mas justamente aí surge um dilema: em que área cinzenta difícil de atravessar fica a transição de amizade em amor?
Os encontros e desencontros ao longo de 7 anos na vida de Oliver e Emily nos fazem pensar naquela pessoa importante que você nunca mais tirou da cabeça, não se sabe bem ao certo o porquê. Aquele clichê da "pessoa certa, na hora errada" parece ser uma verdade absoluta e não apenas uma desculpa para um fora bem-educado.
Dirigido por Nigel Cole, "De Repente é Amor" usa todos artifícios de uma comédia romântica da melhor maneira possível, nos trazendo boas risadas, lágrimas sinceras aos mais sensíveis e, provando que sempre é possível criar enredos interessantes para finais felizes.

Para saber mais:
Site Oficial (BR)
IMDB

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Um bocado de coisas

Brasil 1X0 Croácia
Ufa! No Sufoco! Não foi exatamente o jogo que eu esperava, mas Kaká, aquele do post ali embaixo, salvou a pátria. Salvou um monte de camelô e lojistas da falência. Salvou as chopperias de ficarem vazias. Salvou até a Globo, que investiu pesadíssimo nessa Copa. Afinal de contas, é muita ousadia colocar tanto jogo - todos eles - na grade de programação se nosso time não estiver caminhando.
Imprensa pentelha! Seriam os jogadores os X-Men?
Alguém poderia me dizer quando os jogadores e comissão técnica espalharam por aí que o time seria com certeza campeão, porque é favorito e tem muitas estrelas? Porque a reação da imprensa mundial é muito das confusas. Foram ELES, repito: ELES! Sim, ELES, os jornalistas e especialistas que impuseram aos jogadores - pelo que me recordo ótimos, incríveis jogares, mas todos eles humanos - que eles deveriam ganhar de 200478 X 0 de um time como a Croácia. Ninguém mandou Ronaldinho ganhar o título de Melhor do Mundo, agora todos imaginam que ele TEM que fazer mais que bonito, tem que jogar o futebol moleque e ainda ser goleador. Aliás, esse TEM QUE é o que atrapalha tudo. Expectativa, pressão, colapso.
Mas se tem um lado bom em tudo isso, é que brasileiros desacreditados rendem muito mais. Que seja, então.

Ronaldo - urso gordo?
Sou muito contra a imprensa toda chamar insistentemente Ronaldo de gordo. Poxa, tá certo que ele não se movimentou direito, e ele está acima do peso que ele tinha antes. Mas era antes, quando ele era mais novo, sem massa muscular. Mas o "gorducho" sempre se reinventa e dá a volta por cima. Afinal, Ronaldo é brasileiro e não desiste nunca!
Jogo da Alemanhã. Jogador garboso alemão!
É dia de jogo da nossa anfitriã, portanto o bonitão escolhido é um nativo. Michael Ballack, o capitão. Sem comentários não?

Atualização: Alemanha ganhou suado da Polônia. Aos 46 do segundo tempo. Blé. Mas a atualização não é para o Placar, e sim para isso:

terça-feira, 13 de junho de 2006

É hoje!!

Dia 13 de junho de 2006.
Dia de estréia do Brasil na Copa.
Dia de Santo Antônio.

Para a estréia na Copa trago aqui uma imagem bem inspiradora que além de homenagear nossa seleção, inaugura a seção de galãs da Copa. E tem que começae com brasileiro! Afinal ele pode não ser o Rei, mas é o Príncipe. E titular. E joga beeeeem. E é do quadrado mágico. E foi revelado no glorioso São Paulo. Já está mais do que bom.


Que Príncipe!

Para o Dia de Santo Antônio nada mais típico que uma bela simpatia e uma bela oração. Santo Antônio é conhecido como o santo casamenteiro, e também é o santo preferido de Zagallo. Mas além de casamenteiro, Santo antônio também faz milagres. Santo bom, hein?

Oração a Santo Antônio (para atrair alguém que você já conhece)

“Santo Antônio, pelos vossos milagres, pelas palavras que a Jesus faláveis, pela defesa do vosso pai, tenho um pedido a fazer. Abrandai a ira do mar, o sopro do vento, o negrume da noite, a chama abrasadora do Sol, a frialdade da Lua, a voracidade das feras, o horror dos desertos. Depois de tudo isso, abrandai o que de mais empedernido existe sobre a Terra: o coração dos homens. Oh, meu milagroso santo Antônio, fazei com que aquele por quem meu coração chama ouça minha voz. E, ouvindo-a, vá aos pés de Deus Nosso Senhor comigo, vosso(a) humilde devoto(a). Amém.”

Simpatia de Santo Antônio (para encontrar um namorado)

Amarre uma fita vermelha e outra branca na imagem de santo Antônio e, enquanto dá os nós, faça o pedido. Reze um pai-nosso e pendure a imagem de cabeça para baixo, sob a cama. Só desvire quando a graça for alcançada.

Não custa nada tentar, não é? Sorte para todos nós!

segunda-feira, 12 de junho de 2006

A solteirice e o triste apelo do Dia dos Namorados

"Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."
(Leminski)
Sim, solteirice. Ando numa fase que pode ser classificada como 'solteira convicta'. Às vezes até penso até ser radical demais. Não olhar para os lados. Não querer correr o risco de se apaixonar. Gato escaldado tem medo de água fria.
Sim, pode ser medo, mas querer se dedicar à sua vida profissional, social, cultural, sonhos, viagens, não é nada mal. Querer se dedicar a outros prazeres da vida é algo até que muito gratificante e feliz. Não tenho mais problemas conjugais que não me deixam dormir. Não tenho medo de ser rejeitada, de que tudo acabe, de ser traída. Ponto pra mim.
E diferentemente dos homens - e algumas mulheres - a solteirice convivta não significa galinhagem. Significa qualidade de vida.
Mas aí chega o Dia dos Namorados. Dia ingrato. Você TEM que comprar um presente, pra um namorado que você TEM que ter. Mas não tenho. Durante meus 22 anos de vida, 21 deles passei solteira no dia 12 de junho. Fatídico dia 12 de junho. Corações por todo lado. Beijos, romance. Senti falta por muito tempo. Não que eu não queira mais alguém. Mas penso que depois de um certo tempo e um monte de tombo e tapa na cara, você tem duas opções de vida. Ou não aprende nada e volta a sair com qualquer um, ou fica muito mais exigente e descobre afinal que a mais preciosa companhia é a nossa própria.
Ainda bem que aprendi a tempo. E meu romance, esse eu vivo comigo!
"Maturbação é fazer amor com quem você mais ama."
(Woody Allen)

sábado, 10 de junho de 2006

Uma vida iluminada


Um quarteto esquisito, viajando pela Ucrânia, em busca da mulher de uma fotografia. Apesar de parecer besteirol americano, esse é o enredo de uma história bem sensível e incrivelmente tocante, além de nada óbvia. O judeu, colecionador e americano Jonathan, vai a procura de Augustine, a mulher que salvou seu avô dos nazistas na II Guerra. O moço muito arrumadinho, com cabelos emplastrados, óculos fundo de garrafa, e modos sistemáticos contrata uma empresa que ajuda judeus a encontrarem seus parentes perdidos durante a Guerra. Mas o que ele encontra é uma família que despreza judeus, com seu motorista velho que finge ser cego, seu neto, um tradutor mambembe que sonha em ser Michael Jackson e uma cachorra estressada de nome Sammy Davis Jr. Jr..
A bordo de um pequeno carro, que por razões óbvias não faço idéia de qual seja, eles vão descobrindo, que nosso passado sempre estará a nossa espera, e que iluminando o passado, poderemos iluminar o futuro.
Na categoria galã vale a pena prestar atenção em Eugene Hutz, o Alex, o feio charmoso, do tipo Adrian Brody - aquele "Pianista" que tascou um beijaço na Hale Barry quando ganhou o Oscar. Destaque para a bela fotografia, montagem e trilha sonora impecável - o acima citado Eugene Hutz é o vocalista da banda de punk cigano Gogol Bordello e assina alguma das ótimas canções.

Para saber mais:
IMDB
Adoro Cinema
Omelete
Orkut

sexta-feira, 9 de junho de 2006

O que é estar na cara do gol?

Em tempos de Copa do Mundo, todo tipo de metáfora está ligada a esse esporte, que tenho uma ligeira impressão de ser o único existente no Brasil. Alguém já viu o Brasil parar para ver uma final de vôlei? Alguém já viu empresas fecharem mais cedo para ver o Guga - em áureos e saudosos tempos - vencer algum torneio elegante de tênis. O Brasil é o país do futebol e em tempos de Copa do Mundo lembramos que é bom ser do país do futebol moleque, do país dos craques - que é bom frisar, melhores do mundo brasileiros que não jogam no Brasil. Em tempos de Copa do Mundo todo mundo se recorda das cores do Brasil. E a temática de comerciais na TV, vitrines no shopping, 25 de março, programas de TV, é sempre a mesma: Brasiiil! Verde e amarelo por tudo quanto é lugar! Também sabemos que Galvão Bueno dará seus palpites descabidos uma porção de vezes a mais que o habitual. E estamos todos ligados na Alemanha, esperando o Brasil vencer a Croácia, a Austrália e o Japão e encarar quem vier pela frente rumo ao hexa!
Mas e se o Brasil falhar? E se na cara do gol, Ronaldinho, Ronaldo, Kaká e cia. acertarem na trave? Temos a melhor seleção! Temos os melhores jogadores! Mas as vezes alguma coisa dá errado, e aquela tão esperada festa acaba antes da hora. Ou, na última hora, vide 1998.
O futebol é uma caixinha de surpresas, assim como a vida. Quantas vezes estive na cara do gol e algum goleiro muito fdp fez uma defesa espetacular? Quantas vezes eu errei por conta própria e joguei para fora, como Baggio em 1994? Mas quantas vezes eu superei o fato de todos me darem como vencida e me tornei a melhor do mundo, como Ronaldo em 2002? Ok, a melhor do mundo é megalomania, mas superar as dificuldades, mostrar que apesar de desacreditada eu posso marcar um gol (e ouvir a torcida toda gritando meu nome!) , isso sim eu fiz!
Pois a gente pode comparar a vida com o futebol e metaforear tudo como faz nosso presidente Lula. Mas eu acho que antes de ser uma coisa inútil e tipicamente masculina, prestar atenção no mundo dos esportes, ver como a superação, a disciplina, a confiança, a vontade de vencer, o trabalho em equipe nos leva a vitória é algo bem legal e útil para ser levado vida afora. E além das reflexões úteis, porém pseudo-profundas, temos um grande exército de homens bonitos e atléticos - alemães, ingleses, holandeses, suécos, suiços e etc. - que apreciamos somente a cada 4 anos. Mas nao fiquem curiosas e aflitas, que minha porção insana e dotada de ótimo gosto fará uma escalação especial com os mais gatos da Copa! Te encontro na próxima rodada!

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Somos todas divas, somos todas neuróticas.

Nunca fui dessas mulheres super gostosas, típico padrão de gosto masculino. Normalmente sempre agradei as mais velhas. As avós de amigos sempre me acharam a pessoa mais linda. Acho que porque tenho um padrão de beleza mais antigo, ou pelo menos tento acreditar nessa teoria, como um consolo. Também nunca fui das mais inteligentes, daquelas que sabem citar autores, teorias, e coisas filosóficas em papos cabeça, apesar de sempre ter sido uma ótima aluna. Pra piorar minha situação, não tenho uma personalidade tão dócil quanto meu sorriso meigo pode te fazer supor. Nunca tive muitas amigas, embora nos últimos anos eu ande aprendendo a bela arte da amizade. A inveja é algo horrível, mas sempre achei a simplicidade da vida dos homens fascinante! Eles não tem maiores problemas do que o tamanho do órgão sexual e assumir compromissos. Um gol de seu time o faz o ser mais feliz do mundo. Homem se excita só de olhar uma revista. Quem dera mulheres fossem assim. E além de mulher, o que já significa complicada, eu faço parte do time das mais complicadas.
Querendo um emprego legal, querendo um namorado legal, decente e fiel - admito que gosto de beleza e dinheiro também -, querendo emagrecer, querendo me compreender, querendo saber mais sobre cinema, moda, música, querendo ler mais, querendo estar bem informada, querendo... ah, é uma infinidade de querer...
Ok, existem milhões e milhões de mulheres com seus 20 e poucos, 30 e poucos anos que se parecem comigo: perdidas, neuróticas, cheias de hormônios, sensíveis, extremamente insanas. E penso que isso é o que nos fazem normais, afinal de contas!
Sim, somos todas Bridget Jones, somos todas divas Lux Luxo!
"Seja a mudança que você quer ver no mundo."