segunda-feira, 12 de junho de 2006

A solteirice e o triste apelo do Dia dos Namorados

"Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."
(Leminski)
Sim, solteirice. Ando numa fase que pode ser classificada como 'solteira convicta'. Às vezes até penso até ser radical demais. Não olhar para os lados. Não querer correr o risco de se apaixonar. Gato escaldado tem medo de água fria.
Sim, pode ser medo, mas querer se dedicar à sua vida profissional, social, cultural, sonhos, viagens, não é nada mal. Querer se dedicar a outros prazeres da vida é algo até que muito gratificante e feliz. Não tenho mais problemas conjugais que não me deixam dormir. Não tenho medo de ser rejeitada, de que tudo acabe, de ser traída. Ponto pra mim.
E diferentemente dos homens - e algumas mulheres - a solteirice convivta não significa galinhagem. Significa qualidade de vida.
Mas aí chega o Dia dos Namorados. Dia ingrato. Você TEM que comprar um presente, pra um namorado que você TEM que ter. Mas não tenho. Durante meus 22 anos de vida, 21 deles passei solteira no dia 12 de junho. Fatídico dia 12 de junho. Corações por todo lado. Beijos, romance. Senti falta por muito tempo. Não que eu não queira mais alguém. Mas penso que depois de um certo tempo e um monte de tombo e tapa na cara, você tem duas opções de vida. Ou não aprende nada e volta a sair com qualquer um, ou fica muito mais exigente e descobre afinal que a mais preciosa companhia é a nossa própria.
Ainda bem que aprendi a tempo. E meu romance, esse eu vivo comigo!
"Maturbação é fazer amor com quem você mais ama."
(Woody Allen)

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