quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Resenhas rápidas

Ando muito melancólica aqui no blog, e eu não estou tão melancólica assim. Só ando em busca de um sentido maior nesta vida. Mas não significa que abandonei a piada, mesmo em dias cinzas. Porque quanto mais gente feliz, melhor. (Mas também quero deixar bem claro que não sou comediante, pois é uma profissão de alto risco aqui no Brasil, vejam todos os exemplos... )
Bem, mas farei resenhas rápidas de filmes que vi neste final de semana.

1 - Meu Nome Não é Johnny - Selton Mello é incrível. Daquele tipo de cara que faz qualquer coisa valer o ingresso. Mas o filme vale porque vale, e com a presença dele então, vira bônus. Até Cléo Pires está bem. É o tipo de filme que faz pensar em como educar um filho é difícil. É preciso mais que ser carinhoso, é preciso ser atento a tudo. Nota 8,5.


2 - O Clube de Leitura de Jane Austen - Nunca li um livro dela, mas agora está nos meus planos. Autora de Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade, quando assisti ao filme tive a nítida - e falsa - sensação que se eu pudesse ter um clube de leitura de Jane Austen, todos meus problemas íntimos seriam resolvidos. Cinco mulheres solitárias e um homem "espontâneo" fazem diálogos bonitos - ah, sempre os diálogos - em uma jornada de transformação enquanto lêem e discutem Jane Austen. Filme bem de mulherzinha, mas afinal, o que eu sou mesmo? Nota 9.

PS: Alguém mais percebe o quanto o nome Selton sem o Mello é desinteressante? Selton pode ser o pedreiro, o cara do Help Desk, o tio da limpeza. Agora Selton Mello é um dos homens mais interessantes que temos entre os famosos brasileiros.
PS 2: Falando em mulherzinha, nada mais mulherzinha que esse site di-ver-ti-dís-si-mo: www.muleburra.com! Indicação da minha amiga noiva Karina. Falando em noiva... deixo pro próximo post.

Tantos adeus.


Heath Ledger morreu. E eu fico chocada quando um ator jovem e talentoso morre. A morte demora para me fazer sentido.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Adeus.

Então acontece que minha avó morreu. E eu sei que parece um post repetido, mas não é. É a morte que faz visita, novamente. Perdi duas avós em três meses. E a dor foi completamente diferente uma da outra. E a dor é, no presente. Então devo apresentá-las. Dona Etelvina e Dona Elza, respectivamente mãe da minha mãe e mãe do meu pai. Dona Etelvina, mais chamada de Vó Ina, era o tipo de avó que te aceitava, unia, amava, não importava o que você fosse. Sempre foi quietinha, tímida, nada festeira. Vó Elza era a rainha das festas. Os melhores Natais, domingos de macarronada, a matrona italiana perfeita. Mas ela tinha seus momentos ruins. Comparava um neto com outro quase compulsivamente, conseguia te derrubar com algum comentário infeliz em segundos. Não é que ela fosse má, mas estava amarga. E eu convivi muito com ela nestes últimos tempos, meu pai morava com ela. E eu não tive paciência, não a que eu deveria ter tido, ter olhado com olhos mais amenos, porque afinal de contas eu a amava - e ainda amo - e sei que ela também, da maneira torta dela. Mas ainda assim era amor. Gostaria de ter tido tempo de me desculpar, de perdoar muita coisa que aconteceu há anos, mas isso não aconteceu. Espero que onde ela estiver, consiga entender que mesmo discordando de tantas coisas, eu queria o bem dela. E que algum dia ainda farei algo de que ela possa se orgulhar.
Fica com Deus vó.

PS: Sei que muita gente não sabe o que dizer... queria mesmo apenas desabafar, colocar certas dores ruins para fora... apenas isto.

domingo, 20 de janeiro de 2008

O que você faz Margarete?


Cliquem na imagem para ver maior. Sempre que leio esta historinha, minha vida ganha um novo ponto de vista.

Mude o mundo.

Recebi este meme da Drica querida, e isso já tem um tempinho. Mas desde então reservei um tempo para pensar e observar o que eu faço, e o que quero fazer para ter um mundo melhor e assim escrever um post completo.

O que faço (ou fazemos, se levarmos em conta quem mora em casa: minha mãe, meu irmão e eu):
- Aqui em casa, separamos lixo orgânico do reciclável. Em Santo André a coleta seletiva é feita pela prefeitura, e já somos a sexta cidade que mais recicla. Quando descobrimos que um caminhão estava roubando nosso lixo reciclável, tratamos de acordar mais cedo pra colocar o lixo pra fora, sempre depois do caminhão maluco passar. Muitas vezes, catadores de lixo pegam apenas o que rendem mais dinheiro e jogam o resto no lixo orgânico ou mesmo pelas ruas e terrenos. Por isso damos preferência à reciclagem oficial.
- Procuramos economizar água. Confesso que eu amo banhos longos, sou uma boa canceriana que precisa de água, acho banho melhor que terapia, mas eu procuro reservar apenas um banho longo por semana. Mesmo assim, enquanto faço esfoliação, massagens e etc. eu fecho o chuveiro. Quando eu estou lavando louça e acabo desperdiçando água, levo broncas homéricas da minha mãe. Aqui, um vigia o outro.
- Nunca jogo lixo na rua. Sempre procuro um lixinho, e de uns tempos pra cá, guardo na bolsa, pra quando chegar em casa colocar no reciclável. Pego no pé de todo mundo que faz isso, todo mundo mesmo.
- Evito o uso de sacolas. Quando vou ao mercado de carro, procuro caixas que alguns mercados disponibilizam. E como possuo apenas maxi-bolsas, faço ela de sacola sempre. Agora quero uma ecobag.
- Como (infelizmente para mim) bebemos coca-cola em casa, sempre compramos com as garrafas retornáveis. Além de mais baratas, são infinitamente mais ecológicas. O número de garrafas pet aqui em casa caiu uns 80% desde então.
- Apagamos todas as luzes - que já são daquela econômicas - sempre. A nossa casa é bem iluminada, o que faz com que a economia seja enorme. Também temos o hábito de ficarmos todos juntos, o que economiza um monte em televisão ligada, luzes, etc. Nosso único porém são os computadores - cada um tem um-, quase sempre ligados. Mas aí desligamos o monitor, o que ajuda muito.
- Damos preferência à pilhas recarregáveis, e as que não são, separamos e entregamos no Banco Real, que faz a coleta desses materiais.

Atitudes desejadas para 2008:
- Trocar a geladeira que já está velha e consome muita energia. Só falta o dinheiro mesmo.
- Transformar a maior parte do lixo orgânico em adubo. Além de plantas bonitas, reduziremos a emissão de gás carbônico. Fazer uma hortinha orgânica também está envolvida neste projeto.
- Aproveitar melhor a água que sai da máquina de lavar, que é sub-aproveitada.
- Começar a utilizar apenas produtos de limpeza que não agridem a natureza. Encontrei uma marca chamada Cassiopéia, e sinceramente adorei. O problema ainda é o preço, e não encontrarmos tão facilmente assim.
- Comer quase somente alimentos orgânicos. Quero conseguir na verdade, ser vegetariana por mais de 1 ano, coisa que me deixa desapontada comigo.
- Quero começar a dirigir, e assim poder ser uma motorista ecologicamente responsável, e evitar o uso do carro desnecessariamente.

Meu post acabou ficando extremamente longo, mas porque penso em boas atitudes constantemente, sou uma pessoa utópica. Se fosse uma coluna em alguma revista seria assinada assim:

Denise Lima, 24, futura professora. Ainda acredita no mundo e acha que um dia os homens serão conscientes e respeitarão a natureza.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Sessão Pipoca

Já disse que vi muitos filmes no fim/começo do ano? Pois então, eu vi. Filmes e seriados. Aqui vou fazer a lista dos três filmes que não cumprem o que promete:

3 - Eu e as Mulheres (In the Land of Women) - Com Adam Brody e Meg Ryan.
O jovem roteirista Carter viaja para ver a avó após um pé na bunda. Como o nome do filme diz, Carter tem muitas mulheres ao redor: mãe, avó, ex-namorada, nova vizinha, filha da nova vizinha, o que poderia dar um filme incrível - mulheres são quase sempre indecifráveis e inspiradoras. Mas não neste filme, que não se decide entre ser um filme alternativo ou uma comédia romântica (vejam Meg Ryan está no elenco, o que significa comédia romântica em potencial). Mas até Meg Ryan não é o que parece: pesou a mão no botox e ficou quase irreconhecível (minha mãe duvidou que era ela!). Enfim, se o Seth Cohen (suspiros meus aqui) não estivesse no elenco eu afirmaria que meu tempo foi jogado fora.


2 - A Casa do Lago (The Lake House) - Com Sandra Bullock e Keanu Reeves.
Acredito que este aqui todo mundo já assistiu ou ao menos ouviu falar. Não é que eu não tenha gostado, é que apenas achei sentimental demais. Eu amo diálogos incríveis, e as cartas que eles trocam são legais, mas apenas legais. Além de tudo, estou em uma fase contra melodrama gratuito. Prefiro romances que me façam rir, dizer "oowwwwn" ou pensar profundamente. Mas nem chorar eu consegui.

1 - Nunca é Tarde para Amar (I Could Never Be Your Woman) - Com Michelle Pfeiffer e Paul Rudd.
Então você aluga este filme, achando que se trata de uma comédia romântica. E é uma comédia romântica. Mas não diverte, o romance não engrena, o figurino é tenebroso, a mulher é uma doida que gosta de Barbie, e ela conversa com uma mulher horrenda que se trata da Mãe Natureza - claro que horrenda, em tempos de aquecimento global, a natureza está medonha! Pensando no lado "piada interna", como definiu o Omelete, até aí o filme tropeça. Posso definir assim: idéia legal, ótimos atores, mas filme catástrofe. Sem dúvida o campeão da categoria "não sou o que pareço ser".

Botox é bom minha gente! É sim!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Os homens preferem as loiras?

Estou basicamente muito bem e aquilo tudo foi o momento do desabafo. Desabafo feito, feliz por todos os comentários lindos, por um e-mail incrível de uma amiga também incrível, preciso contar que surtei e ataquei o setor de água oxigenada! Fiquei loira! Mas estou engatinhando na arte de ser platinada. Ainda não acertei o tom, o shampoo perfeito, a sobrancelha perfeita. É um caos... cabelo amarelo demais, gritando, quase uma caneta marca-texto, mas é uma diversão sem fim planejar o próximo ataque à perfumaria. Ikesaki aí vou eu - e minha amiga Anna, companheira e incentivadora na aventura de ser loira. O próximo passo aqui é o shampoo cinza, que promete miraculosamente tirar o amarelo de cabelos grisalhos - e do meu também!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Um e-mail

De: Denise Lima
Para: Karina Lacerda
Data: 14/01/2008
Assunto: Re: pra vc, dd

Ká, eu li tudo e fiquei emocionada... mas sabe o que me incomoda de verdade? Nem é mais a dor de terminar. Esta dor eu já superei antes do término. É a sensação amarga de ter demorado tempo demais pra me dar real valor, sabe? É a raiva que sinto de mim, por ter deixado certas coisas irem tão longe. E eu sei que poderia ser pior, se arrastar por anos e anos, mas eu sinto um desperdício de tempo, energia, muita energia. Como se eu tivesse me consumido toda por nada. É isso que eu tenho que entender: me perdoar porque fiz o que podia ter feito no momento. E eu queria ter feito tudo diferente e dado um sentido pra minha vida antes. Mas isso a gente não consegue fazer. E como pra canceriano tudo é um longo processo, estou no meu. Quando consigo colocar em palavras é porque já estou chegando ao fim. E estou extremamente feliz com isso.

Obrigada mesmo.
Sabe o quanto acho lindo o amor de vocês. Por isso que faço tanta questão de ir ao casamento. Porque pra mim, é realmente uma celebração de amor.

Beijooos, e já estou vendo as lembrancinhas.

Casa de Maluco

Quando eu fico tanto tempo sem escrever, eu sempre sei do que se trata. Os anos de terapia e a mãe psicóloga me ensinaram muito a respeito de descobrir as próprias razões, mesmo quando é difícil admitir.
Passada a fase da negação, é sempre bom colocar em palavras os sentimentos. Principalmente se você for uma pessoa sedenta de controle, que tenta racionalizar tudo o que sente. Eu tenho que dar nomes e explicar a origem de todas minhas emoções, quando sei que seria bem mais fácil se eu apenas me rendesse e me entregasse a elas.
Mas já que sou complicada, aqui estou. Tentando explicar o inexplicável, dizendo do alívio que sinto hoje, da vontade que tenho de voltar no tempo e fazer tudo diferente, da sensação amarga de perceber que joguei fora meses de minha vida e muito amor. Se a pergunta é "está solteira?", eu considero que já que minha vida é um livro quase escancarado, a resposta desta página é SIM. Com letras maiúsculas, me sentindo feliz após tanta indecisão. Como sempre, quero extrair algum aprendizado, elaborar minhas teorias mirabolantes e sentir que não desperdicei tanto assim meu precioso tempo. Qual foi desta vez? Não aceite um manicômio como morada se você não é maluco. Não importa o quanto se sinta em casa, ou enfeite tudo com flores. Manicômios são sempre manicômios.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Hiatos

Estou com falta de criatividade. Não consigo escrever um post inteiro ou colocar minhas idéias com começo, meio e fim. Mas é preciso começar por algo, alguma palavrinha, qualquer coisas. Então decidi expor minha revolta: não há nada nesse mundo comparado ao ballet do Faustão. É muito humilhante estudar, passar perrengue, fazer dieta, receber cantada e outras coisas de diretor safado e no fim criar coreografias para dançar ao som de NxZero, Papas na Língua, Natiruts... Me revolta profundamente!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Ainda na faxina.

Minha mãe disse hoje:
- Não agüento mais! Pra você tudo se resolve com cândida ou removedor!
Ela desabafou isso após ter tirar uma toalha com flores rosas da máquina de lavar. Porque as flores deveriam ser azuis. E marinho.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Fresh Feeling

Descansei. Muito. Não viajei, nem nada, mas tirei uns dias para mim. Aquela coisa da faxina dar um novo ânimo é realmente verdade. Faxinamos a casa toda: desde o porão-estúdio do meu irmão até o sótão. Como resultado mandamos 4 sacos gigantescos de roupas e coisas para doação, uns milhões de coisas para o ferro velho, e ainda muitos e muitos sacos de lixo orgânico e reciclável - porque Santo André tem coleta seletiva. O cheirinho de limpeza dominou a casa e a certeza que começamos o ano diferente. Muitos planos, esperanças e o coração cheio de vida. É o que importa, não? Saudades imensas daqui, mas foi bom o meu tempinho. Terminei a terceira temporada de Grey's Anatomy, vi alguns filmes, e percebi que estou menos romântica-boba. Mas isso é assunto para próximos posts.


Feliz 2008, um pouco atrasado, mas muito desejado!

"Seja a mudança que você quer ver no mundo."